Missão; divulgar e manter viva a memoria de Geraldo Pereira e mostrar outros grandes compositores que fizeram e fazem a História da Musica Popular Brasileira.
sábado, janeiro 10, 2015
Nilze Carvalho
Depois de quatro anos Nilze Carvalho volta com novo álbum solo. Em Verde amarelo negro anil, editado pela Rob Digital, a sambista põe sua graça em músicas próprias, composições de contemporâneos e releitura de metres.
O samba desfila soberano na vida de Nilze Carvalho. Criança prodígio que apareceu tocando cavaquinho no Fantástico e assinando álbuns instrumentais, é hoje um dos principais nomes da turística Lapa, endereço do batuque no Rio. Entre o grupo Sururu na Roda, a carreira solo e inúmeras participações, a menina cresceu e se tornou um importante nome na revitalização do samba carioca.
O título do álbum vem da inédita parceria de Nilze com Marceu Vieira que diz: "O samba foi quem me coloriu" para falar sobre miscigenação. A inspiração remete a música Seo Zé, parceria de Marisa Monte, Nando Reis e Carlinhos Brown que, mesmo sem entrar no repertório, batizou o melhor trabalho de Marisa, Verde anil amarelo cor de rosa e carvão. Mas a interseção para no título, Nilze é 100% samba, com voz doce sem perder o balanço elegante. Ela ainda assina músicas como Viola (parceria com Zeca Leal, também nova) e retoma o Choro de menina, tema instrumental que lançou na infância.
Entre as releituras traz uma bela recriação para Roda baiana, de Ivan Lins e Vitor Martins. E passa pela obra de bambas como Nei Lopes (Fumo de rolo), Nelson Sargento (Vai dizer a ela), Wilson Moreira (Peso na balança), Leci Brandão (Antes que eu volte a ser nada) e até de Riachão (Retrato da Bahia). Um medley portelense junta Atraso em meu caminho (Picolino e Jair do Cavaquinho), Recado (Paulinho da Viola e Casquinha) e Lenço (Monarco e Chico Santana), essa com participação do mestre Monarco.
A festa do samba é a linha seguida por Nilze Carvalho nesse novo álbum. Produzido com carinho pela cantora ao lado de Zé Luiz Maia, o disco pulsa agradável como uma noite na Lapa ao som do samba elegante de Nilze. "Até você vai acabar sambando", desafia no verso que encerra o disco - quando todo mundo já entrou na festa dela.
por Beto Feitosa
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário