sexta-feira, junho 26, 2015

FBN, ACL, SMC nos 450 do Rio

Não, não se espante com este monte de siglas aí acima. Ou melhor, espante-se, sim, porque este é o país das siglas, muitas das quais abusivas. A maioria, incompreensivas e até torturantes. Menos aqui. FBN abrevia a Fundação Biblioteca Nacional, ACL significa Academia Carioca de Letras. E SMC é a Secretaria Municipal de Cultura. Elas se juntam porque a conclusão de um projeto provocador as envolvendo está por ser anunciada. Explico: a Academia (ACL) imaginou somar-se ao comitê Rio-450 anos com uma idéia original. Definirem-se os dez escritores que melhor construíram a literatura da cidade. O que nunca havia sido pensado antes. Muito menos convocar-se um grande júri de cultores da língua, para votar, livre e secretamente, os seus preferidos. Desde que – condição básica – estivessem mortos e que fossem alinhados a partir do Padre José de Anchieta, este um escritor/cronista de excelência, e testemunha da fundação da cidade em 1565, além de ser o patrono da Academia Carioca de Letras. Levada à Fundação Biblioteca Nacional (FBN), de imediato a bicentenária instituição aderiu à idéia, que ainda promoverá conferências para cara um dos escolhidos. Ambos os parceiros, depois de estudos minuciosos, convocaram um Grande Júri de intelectuais para votar os dez mais referenciados escritores dos 450 anos. A idéia, aprovada pelo comitê presidido pelo também Secretário de Cultura Marcelo Calero, tem na da Prefeitura o apoiador institucional do projeto, conferindo aos eleitos a chancela, o cheiro formal que perpetuará os escolhidos. O debate dos votados instiga e inflama os jurados. Quem receberá maior número de votos, Machado, Lima Barreto ou João do Rio? Em que lugar ficará Vinicius ou Olavo Bilac? Alguns menos reconhecidos publicamente, como Marques Rebello ou Amoroso Lima serão votados? E as mulheres, como Cecília Meirelles ou Clarice Lispector? O jogo está jogado. E a posteridade carimbará nestes 450 anos os dez mais importantes modeladores da palavra escrita no Rio. 26 de junho de 2015 Ricardo Cravo Albin Presidente do Instituto Cultural Cravo Albin

Musica: Pedro do Pedregulho - Geraldo Pereira

quinta-feira, abril 23, 2015

23 de Abril de 1918 nascia Geraldo Pereira! Parabéns

É hoje a comemoração do nascimento do meu tio avô, compositor, interprete, mestre do sincopado e grande ator! Valeu Geraldo Perira

quarta-feira, março 11, 2015

Geraldo Pereira Um "Pagodeiro" das Antigas

Este disco do acervo Funarte é uma homenagem a um grande sambista das antigas, Geraldo Pereira. Mineiro criado no morro da Mangueira, Pereira era malandro, metido a valentão e mulherengo, mas principalmente um compositor genial, que soube como nenhum outro do gênero exaltar a vida da boemia carioca. Seu grande sucesso, Bolinha de Papel foi gravado por João Gilberto e seu estilo cheio de molejo e suingue, pode ser considerado como precursor dos pagodeiros. Este CD traz uma síntese da obra do sambista, com 23 composições agrupadas por temas divididos em blocos. O tema Ginga da Cabrocha tem "Quando Ela Passa", "Mais Um Milagre" e "Falsa Baiana", grande sucesso na voz de Gal Costa. Em Músicas de Carnaval estão reunidas antológicas marchinhas como "Que Samba Bom", "Até Quarta -Feira" e "Vai, Que Depois Eu Vou". Mas é no bloco Sucessos que se encontra o ápice do disco, com "Bolinha de Papel", "Pisei Num Despacho", "Acertei No Milhar", gostoso sambinha de breque que já foi revisitado por Gilberto Gil, e "Escurinha Escurinho", já cantada por Elza Soares e Chico Buarque. As músicas são interpretadas pelo cantor Pedrinho Rodrigues (morto em 96) que duela com a voz doce e afinada de Bebel Gilberto .por Vivian de Castro

Grande interprete das canções de Geraldo Pereira

ROBERTO SILVA - RAÍZES DO SAMBA 1.ESCURINHO (Geraldo Pereira) - Part.esp.: Fernanda Abreu2.RISOLETA (Raul Marques/Moacyr Bernardino)3.ERREI, ERRAMOS (Ataulfo Alves)4.PALPITE INFELIZ (Noel Rosa)5.CABELOS BRANCOS (Herivelto Martins/Marino Pinto)6.SE ACASO VOCÊ CHEGASSE (Lupicínio Rodrigues/Felisberto Martins)7.DORA (Sebastião Motta/Rubem Gerardi)8.LÁGRIMAS (Black Out)9.FALSA BAIANA (Geraldo Pereira)10.A MULHER QUE EU GOSTO (Ciro de Souza/Wilson Baptista)11.MORENA BOCA DE OURO (Ary Barroso)12.EMÍLIA (Haroldo Lobo/Wilson Batista)13.INSPIRAÇÃO (Jorge Garcia/José Joubert/Ovídio Bessa)14.LINDA MANICURE (Júlio Cesar/Edson de Mello)15.BRIGUEI COM ELA (Raul Marques/Otávio Lima)16.LEMBRAS-TE DAQUELA "ZINHA"? (Geraldo Pereira/Augusto Garcez)17.ESPELHO DO DESTINO (Aldo Cabral/Benedito Lacerda)18.PISEI NUM DESPACHO (Geraldo Pereira/Elpídio Vianna)19.MÃE SOLTEIRA (Wilson Batista/Jorge de Castro)20.AMIGO LEAL (Benedito Lacerda/Aldo Cabral) Fazem parte desta obra, os compositores Geraldo Pereira, Raul Marques, Moacyr Bernardino, Ataulfo Alves, Noel Rosa, Herivelto Martins, Marino Pinto, Lupicínio Rodrigues, Felisberto Martins, Sebastião Motta, Rubem Gerardi, Black Out, Ciro de Souza, Wilson Baptista, Ary Barroso, Haroldo Lobo, Jorge Garcia, José Joubert, Ovídio Bessa, Júlio Cesar, Edson de Mello, Raul Marques, Otávio Lima, Augusto Garcez, Aldo Cabral, Benedito Lacerda, Elpídio Vianna, Jorge de Castro

Grande Cyro Monteiro - amigo fiel de Geraldo Pereira

Cyro Monteiro: resgatado em coletâneaRepertório enfoca gravações para obra de Ataulfo Alves, Wilson Batista e Geraldo Pereira por Beto Feitosafoto: reprodução capa Cyro Monteiroouça aqui trechos do CD Mestre do samba. Pouco lembrado hoje em dia, o público tem uma oportunidade rara de conhecer o talento de Cyro Monteiro na coletânea Mestre do samba, organizada pelo jornalista Tárik de Souza. Com a cadência do samba na voz e o ritmo da caixa de fósforos na mão, Cyro Monteiro era, na opinião de Vinicius de Moraes, "o maior cantor brasileiro, emparelhando apenas com João Gilberto". Do poetinha Cyro ganhou músicas como Formosa, mas o CD, lançado pela BMG, enfoca a interpretação de Cyro para a obra de três compositores: Ataulfo Alves, Wilson Batista e Geraldo Pereira. As gravações são do que se acredita ser a fase áurea do cantor, entre 1939 e 1947. O repertório selecionado por Tárik traz sucessos clássicos, conhecidos ainda hoje como Falsa baiana (Geraldo Pereira) e O bonde de São Januário (Ataulfo Alves e Wilson Batista) e também resgata pérolas bem humoradas como Pisei num despacho (Geraldo e Elpídio Vianna), Oh Seu Oscar (Ataulfo e Wilson) e Está maluca (Wilson e Germano Augusto). O CD Mestre do samba revela um grande cantor, moderno para a época tanto nos assuntos abordados quanto na maneira de cantar.

segunda-feira, março 09, 2015

CCBB lança livro “Eu verso Buakamukua”: a influência da linguagem africana

O livro “destaca a contribuição do povo negro na constituição do vocabulário da língua brasileira” – diz a autora Dayse Marcello. “Eu verso Buakamukua” será lançado, 18 de março, quarta, na Livraria da Travessa, no Centro Cultural Banco do Brasil. A autora cita Lélia Gonçales “no Brasil falamos o Pretuguês”, graças a Palavras africanas abrasileiradas e /ou incorporadas em nosso vocabulário. - A ideia é mostrar ao leitor, através da linguagem versada, o quanto de “africano” falamos todos os dias no português brasileiro. É muito fácil identificarmos, por exemplo, palavras do idioma inglês presentes em nosso vocabulário, mas não é nada fácil identificarmos as palavras de origem africanas. Livraria da Travessa, Centro Cultural Banco do Brasil – Av. Primeiro de Março 66 – Centro – tel: 3808-2066 – Sábado 18/03 – Das 18h às 21h Por: Ricardo Albuquerque

segunda-feira, março 02, 2015

Musica : Golpe Errado - Geraldo Pereira - versão nova

Mais uma bela homenagem ao Mestre do Sincopado! Show Brasinaria no Amadeus Lounge - fevereiro de 2015 - Porto Alegre. Por: Danny Calixto

sexta-feira, fevereiro 27, 2015

Grupo Luz do Samba RJ O grupo surgiu no Rio de janeiro após algumas reuniões informais para curtir uma bela roda de samba e a partir de novembro de 2014 começaram profissionalmente a tocar em casas da Lapa, apesar de curto espaço de tempo, já fizeram grande sucesso, se fixando como principal atração de uma bela casa na lapa, todas as quintas e no segundo sábado de cada mês. Da sua formação original com 3 cantores de estilos diferentes dentro do choro, samba de raiz, partido alto, sambas canções, balanços e fundos de quintal. Após a saída de um deles por problemas particulares, entrou uma cantora que incluía também os sambas consagrados de Elis e Clara Nunes, enriquecendo em muito o grupo com levada de samba os clássicos da MPB. Assim mantendo 2 cantores de estilos diferentes que se complementam e uma cantora clássica e eclética, levando desde sambas cadenciados até samba-rock. Temos uma composição própria gravada em estúdio e 3 em trabalho para futuramente gravá-las em estúdio também. Então a formação atual do LUZ é: Camile Deslandes (Voz), Pedrinho Ferreira (Voz e reco-reco), Fábio Mendes (Voz e percussão), Fábio de Paula (Percussão), Marcelo Colau (Viola, Cavaco e Banjo), Adriano (Cavaco e Banjo) e Wallace (Violão 7 cordas). Temos nosso produtor musical, que é também nosso principal “freelancer” Jorge Sant’Anna (Cavaco, Banjo, 7 cordas e Bandolim). Breve Histórico dos Musicistas: Camile Deslandes começou sua trajetória musical aos 11 anos devido a sua grande capacidade como cantora, que tem como característica o ecletismo, pois suas influências vão do choro/samba à MPB e do Rhythm and Blues ao Rock and Roll. Com participações em grupos e bandas de baile, aos 14 anos, começou a ter aulas de canto com o ator e cantor Hilton Prado, obteve experiências em estúdios de gravação, participando de dois discos como vocalista, se apresentou na Casa da Mãe Joana, Carioca da Gema e Rio Scenarium e participações em eventos, como Samba do Trabalhador e Samba Luzia. Em 2004, seguiu em turnê pela Ásia e depois Europa, se apresentando em países como China, Japão, França e Inglaterra. Há três anos se tornou mãe, retornando aos trabalhos em 2014 e se integrando ao grupo Luz do Samba. Pedrinho e Fábio Mendes são nossos tenores das vozes do samba, timbres refinados levam desde samba partido alto ao samba apurado e mais cadenciado. Complementam-se e engrandecem o grupo, com mais de 25 anos de bagagem na música, Fábio também é percussionista e compositor tendo várias composições escritas. Pedrinho tem vários tons e timbres de voz, tendo quase 20 anos de musicalidades. Fábio de Paula nosso outro percussionista, tem 23 anos de sambas desde as rodas de Samba da tia Doca e do Buraco do galo, todas em Osvaldo Cruz, convivendo com vários instrumentos de percussão desde os 15 anos de idade, domina todos de uma bateria de escola de samba atualmente, tornando-se um mestre, conhecedor da nobre arte do samba, também é ritmista da campeoníssima Beija-flor de Nilópolis. Nossas cordas são um capítulo a parte em questão de música, temos muitas variações musicais e de instrumentos, podendo tocar do choro até clássicos do Rock, passando pelo samba de raiz, partido e MPB. Marcelo Colau como banjo, Adriano no Cavaco e Wallace no violão 7 cordas, dão as bases e a sustentação necessárias para os cantores encantem com suas vozes, com formações pela escola de música da UFRJ. Nosso produtor musical além de estudioso das obras tem o dom e a arte de ensinar a tocar instrumentos rebuscados e refinados. Produção Geral: Damião Chagas Cel.: 21-98896 6674 djchagas.chagas@gmail.com www.facebook.com/pages/Luz-do-Samba/321168548077807?fref=ts

Centro de Artes Geraldo Pereira

Segue um video para vocês, com o Samba "Falsa baiana" de Geraldo Pereira instrumental! Abraços,

sexta-feira, fevereiro 06, 2015

O Feitiço do Rio e Debret - Ricardo Cravo Albin

O Rio vem sendo muitíssimo acarinhado a partir do dia de seu padroeiro (20 de Janeiro) até a data dos seus 450-anos (1º de março). Por todos os motivos, por todas as pompas e circunstancias, por toda a magia que a cidade exala, milhares são as elegias que sempre se fizeram ao Rio. Eu mesmo já escrevi livro só para louvá-lo, mas também para defendê-lo dos maus feitos que aqui ou acolá lhe impõem governantes bisonhos e novidadeiros. Aliás, costumo dizer que o Rio embriaga todos os que aqui aportam por um indefinível feitiço, mistura certeira do espírito carioca com sua moldura mais estimulante, o conjunto de reentrâncias e morros penetrando os espelhos d’água. A cidade também foi considerada a mais exaltada do mundo em música (mais de duas mil composições), uma revelação feita por pesquisa que empreendi quando da estruturação do Museu da Imagem e do Som em 1968. Ao longo dos séculos, o Rio foi milhares de vezes preservado em sua beleza pelas mãos de pintores e desenhistas. Dentre todos, o que mais se deteve em lhe descerrar o feitiço foi Jean-Baptiste Debret. O artista francês, que chegou aqui para fundar uma Escola de Belas Artes em meados do século XIX, detalhou em gravuras, aquarelas e desenhos os costumes e a vida da cidade colonial. Um Rio virgem e deslumbrante, mas por vezes injusto e até bárbaro. Os escravos negros, sempre a serviço braçal dos brancos, perfilavam o protagonismo das observações do artista, que se fez o primeiro cronista do Rio a lhe tomar o pulso e a palmilhar sua vida cotidiana. Certamente que esta minha exclamação para Debret poderá despertar o interesse de algum leitor desavisado. Pois corra, e vá ao Museu Nacional de Belas Artes, que exibe uma opulenta mostra do artista, cuja titularidade para homenagear o Rio faz dele uma culminância das celebrações dos 450-anos de agora, coordenadas pela agilidade do Comitê Rio 450-anos. 06 de Março de 2015 Ricardo Cravo Albin Presidente do Instituto Cultural Cravo Albin

domingo, janeiro 25, 2015

Um tantinho do Grande Tantinho da Mangueira

Tantinho da Mangueira Cantor. Compositor. Partideiro. Nascido e criado na Morro de Mangueira, na favela de Santo Antônio, frequentador assíduo das rodas de partido-alto no Buraco Quente, Chalé e Três Tombos, favelas que também integram o morro, onde conviveu desde pequeno com personagens emblemáticas da localidade, Cartola, Nelson Cavaquinho, Dona Neuma, Padeirinho, Nelson Sargento, Pelado, Carlos Cachaça, Geraldo das Neves e Jorge Zagaia, entre outros. Aos 13 anos de idade Dona Neuma o apresentou a Cartola. Neste mesmo ano de 1961 compôs o samba-enredo para o desfile da Mangueira em Brasília. Trabalhou como office-boy, laboratorista e em agência de publicidade. Aposentou-se como funcionário da Funarte em 1996. Na década de 1970 participou das rodas de samba no Teatro Opinião. Por essa época integrou o grupo Originais do Samba. Atuou como músico tocando tamborim em várias gravações de Zé Kétti e Jamelão. Em 1999, como integrante da Velha-Guarda da Mangueira, participou do CD "Velha-Guarda da Mangueira e convidados", lançado pela gravadora Nikita Music. No disco também participaram Dona Neuma, Nelson Sargento em dueto com Fernanda Abreu, Lenine e Nelson Sargento, José Ramos, Mário Lago, Darcy da Mangueira, Darcy Maravilha, Beth Carvalho, Noca da Portela, Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho. Em 2000 participou do disco "Mangueira, sambas de terreiro e outros sambas", patrocinado pelo Arquivo-Geral da Cidade do Rio de Janeiro, no qual interpretou as faixas "Você quer saber" (Jabá); "Terreiro em Itacuruçá" (Padeirinho); "Boêmio fracassado" (Hélio Cabral); "Verde e rosa" (Mauro Pereira) e ainda fazendo parte do coro, juntamente Zélia, Zenith, Sônia, Hermínio Bello de Carvalho, Jurandir da Mangueira, Paulão Sete Cordas e Zé Maurício, gravou as faixas "Chega de demanda" (Cartola), "Sai da minha frente" (Jorge Zagaia), "Alegria" (Cartola e Gradim) e "Vela acesa", de autoria de Fandinho. Em maio do mesmo ano com Comprido, Xangô da Mangueira, Zé Ramos e Jurandir da Mangueira participou do lançamento do CD no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Rio de Janeiro. Em 2001, com Valdir Silva, organizou uma roda de samba no Espaço Verdôme Cultural, no bairro do Castelo, no Centro do Rio de Janeiro. Na ocasião era acompanhado pelo Grupo Elite. No ano seguinte, com Luciane Menezes, participou do "Projeto Ritmo Carioca" no bar Ritmo no Leblon. Em 2003 foi o convidado de Ernesto Pires em show no Bar Sacrilégio, na Lapa, no Rio de Janeiro. Com Marquinhos China apresentou-se no Bar Dama da Noite, e ainda apresentou-se no Projeto "O Partido Fala Mais Alto", na Casa da Mãe Joana, com Renatinho Partideiro. Neste mesmo ano participou ao lado de va´rios outros artista do disco "Um ser de luz - saudação à Clara Nunes". No ano de 2004 participou do projeto "Puxando Conversa", no qual foi gravado um video sobre a sua vida e carreira, e ao final, como anfitrião de uma roda de samba, recebeu diversos convidados, entre eles, Trio Calafrio, Delcio Carvalho, Bráulio de Castro, Waldir 59, Jair do Cavaquinho, Bebeto di São João, Toninho Geraes e Xangô da Mangueira. Neste mesmo ano, ao lado de Richa, comandou uma roda de samba no Espaço Cultural Carioca da Gema. Nest mesmo ano participou como convidado de Nei Lopes no CD "Partido ao cubo", no qual interpretou as faixas "Deixa ela chorar" e "Samba como era", ambas de autoria de Nei Lopes. No ano de 2005, com Luiz Carlos da Vila e Nelson Sargento, foi um dos convidados do Pagode da Tia Doca, apresentando-se no projeto "No Tom do Samba", no Bar do Tom, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, com Marquinhos China, Silvino da Silva, Marli Teixeira e Xangô da Mangueira, apresentou o show "Partideiros e calangueiros", dentro do projeto "Na ponta do verso", do Centro Cultural Banco do Brasil. Neste mesmo ano participou do disco "Xangô da Mangueira - recordações de um velho batuqueiro", de Xangô da Mangueira. Em 2006 lançou o CD duplo "Tantinho, memória em verde e rosa", no qual interpretou 32 sambas de compositores da Mangueira. Entre as músicas incluídas no trabalho destacaram-se "Boa noite" (Aloisio Costa e Bide), "Voz do morro" (Geraldo Pereira e Moreira da Silva), "Eu vou subir tia" (Manoel Ramos), "Fofoca no morro" (Ferreira dos Santos e Padeirinho), "Episódio" (Tantinho da Mangueira), "Pobre milionária" (Nelson Sargento) interpretada em dueto com Nelson Sargento, "Sofrer como eu já sofri" (Pelado e Tantinho da Mangueira), "Meu amor foi-se embora" (Chico Modesto e Germano Augusto), "Estou vivendo na floresta" (Babaú da Mangueira e Chico Modesto), "Azul anil" (autor desconhecido), "Vem rompendo o dia" (Xangô da Mangueira) intérpretada em dueto com Xangô da Mangueira, "Meu segredo" (Cícero dos Santos, Hélio Turco e Tantinho da Mangueira), "Meu amor já foi embora" (Cartola e Zé da Zilda), "Brasil, terra adorada" (Arthur Faria, Carlos Cachaça e Cartola), "Dá licença que eu quero passar" (Tantinho da Mangueira) composições de sua autoria composta nos anos 60 para o Bloco Carnavalesco Olha Essa Língua, um dos muitos existentes naquela época no Morro da Mangueira, "O bobo do rei" (Broto), "Continente negreiro" (Marreta e Nelson Sargento), "Neuma" (Tantinho da Mangueira), "Recordar é viver" (Padeirinho), "Pranto de poeta" (Hélio Cabral), "Mulher comprometida" (Preto Rico) intepretada em dueto com Preto Rico, "Eu vivo em paz" (Leléo e Jorge Zagaia), "Diamante bruto" (Brogogério), "Sorrindo sempre" (Francisco Alves, Gradim, Ismael Silva e Noel Rosa), "Pesca do dourado" (autor desconhecido), "Lá se foi Maria" (Alfredo Português), "Maria" (Jurandir da Mangueira) interpretada em dueto com Jurandir da Mangueira, "Não posso demorar" (Geraldo das Neves), "Vivo no mundo" (Fandinho), "Decaída" (Hélio Turco e Pelado), "Nossa história" (Geraldo da Pedra e José Ramos), "Faltavam cinco para as cinco horas" (Manoel Ramos) e "Gonçalves Dias" (Cícero e Pelado). No disco, com produção musical de Paulão Sete Cordas, contou com o acompanhamento dos violonistas Rogério Caetano e Carlinhos Sete Cordas. Em 2010 foi o vencedor do "Prêmio da Música Brasileira" nas categorias "Samba" com o disco "Tantinho canta Padeirinho da Mangueira" e "Cantor", com o mesmo CD. Em 2011 fez uma participação especial no disco duplo "O samba carioca de Wilson Baptista", lançado pela Biscoito Fino, no qual interpretou o samba "Rei Chicão" (Wilson Baptista), umas das faixas inéditas encontrada pelo pesquisador Rodrigo Alzuguir em uma fita caseira. Nesse mesmo ano participou da 22ª edição do "Prêmio da Música Brasileira" realizada no Teatro Municipal, no Rio de Janeiro, em homenagem ao cantor e compositor Noel Rosa, na qual interpretou "Conversa de Botequim" e "Com que roupa?", ao lado de Wilson das Neves

domingo, janeiro 11, 2015

Nadinho da Ilha

Aguinaldo Caldeira, mais conhecido como Nadinho da Ilha (Rio de Janeiro, 11 de junho de 1934 - Rio de Janeiro - 4 de agosto de 2009) foi um ator, compositor e cantor de samba brasileiro.1 Seu apelido era uma referência não à Ilha do Governador, como muitos imaginam, mas à Ilha dos Velhacos, comunidade da Muda, Tijuca. Durante a sua carreira, lançou cerca de 15 compactos simples, 20 duplos e quatro LPs, todos pela antiga Odeon. Como ator, participou, entre outras peças, da primeira montagem de "Ópera do malandro", de Chico Buarque; de "Deus lhe pague", de Joracy Camargo; do humorístico “Cabaré do Barata”, com Agildo Ribeiro, na finada TV Manchete; e do filme “Loucuras cariocas”, de Carlos Imperial. Sambista de voz inconfundível e suíngue sincopado, Nadinho gravou aos 71 anos de idade um tributo a seu grande mentor e padrinho musical, o compositor Geraldo Pereira. Com produção impecável de Henrique Cazes, o CD traz toda a malícia e humor do intérprete que já foi parte do grupo de Heitor dos Prazeres, cantou no teatro e na escola Unidos da Tijuca. Faleceu em agosto de 2009 no Rio de Janeiro, às 7h30m, no Hospital Miguel Couto, depois de lutar contra um câncer agravado pela diabetes que o acompanhou nos últimos anos.

sábado, janeiro 10, 2015

Nilze Carvalho

Depois de quatro anos Nilze Carvalho volta com novo álbum solo. Em Verde amarelo negro anil, editado pela Rob Digital, a sambista põe sua graça em músicas próprias, composições de contemporâneos e releitura de metres. O samba desfila soberano na vida de Nilze Carvalho. Criança prodígio que apareceu tocando cavaquinho no Fantástico e assinando álbuns instrumentais, é hoje um dos principais nomes da turística Lapa, endereço do batuque no Rio. Entre o grupo Sururu na Roda, a carreira solo e inúmeras participações, a menina cresceu e se tornou um importante nome na revitalização do samba carioca. O título do álbum vem da inédita parceria de Nilze com Marceu Vieira que diz: "O samba foi quem me coloriu" para falar sobre miscigenação. A inspiração remete a música Seo Zé, parceria de Marisa Monte, Nando Reis e Carlinhos Brown que, mesmo sem entrar no repertório, batizou o melhor trabalho de Marisa, Verde anil amarelo cor de rosa e carvão. Mas a interseção para no título, Nilze é 100% samba, com voz doce sem perder o balanço elegante. Ela ainda assina músicas como Viola (parceria com Zeca Leal, também nova) e retoma o Choro de menina, tema instrumental que lançou na infância. Entre as releituras traz uma bela recriação para Roda baiana, de Ivan Lins e Vitor Martins. E passa pela obra de bambas como Nei Lopes (Fumo de rolo), Nelson Sargento (Vai dizer a ela), Wilson Moreira (Peso na balança), Leci Brandão (Antes que eu volte a ser nada) e até de Riachão (Retrato da Bahia). Um medley portelense junta Atraso em meu caminho (Picolino e Jair do Cavaquinho), Recado (Paulinho da Viola e Casquinha) e Lenço (Monarco e Chico Santana), essa com participação do mestre Monarco. A festa do samba é a linha seguida por Nilze Carvalho nesse novo álbum. Produzido com carinho pela cantora ao lado de Zé Luiz Maia, o disco pulsa agradável como uma noite na Lapa ao som do samba elegante de Nilze. "Até você vai acabar sambando", desafia no verso que encerra o disco - quando todo mundo já entrou na festa dela. por Beto Feitosa